De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada hoje pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo restrito cresceu 3,4% na comparação mensal com ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses, o indicador avançou para 0,5%. Na comparação interanual houve alta de 6,1%.
Importante notar que o Indicador Movimento do Comércio da Boa Vista antecipou o resultado da PMC para o mês de agosto, esse que avançou 3,2% na comparação mensal dessazonalizada.
Avaliando os segmentos na variação mensal (com ajuste sazonal), cinco das oito atividades pesquisadas registraram alta em agosto. Os principais avanços ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (30,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%) e Móveis e eletrodomésticos (4,6%), atividades que foram fortemente afetadas durante a pandemia. Por outro lado, os setores que apresentaram queda no mês foram o de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,2%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,2%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-24,7%).
O Comércio Varejista Ampliado registrou baixa de 1,7% em agosto na variação em 12 meses. Já na comparação mensal (dados dessazonalizados), o indicador avançou 4,6%.
Após o varejo ser fortemente impactado pelas medidas restritivas ao coronavírus nos meses de março e abril, o resultado do mês confirma a tendência de recuperação, destaque para alguns dos setores que foram intensamente afetados no bimestre março-abri. A recuperação completa do varejo ainda está em função da taxa de disseminação do Covid-19 no Brasil e do fim do auxílio emergencial, este que tem fim datado para dezembro deste ano, também é importante citar as oscilações que estão acontecendo na economia mundial e seus futuros impactos para o setor e a economia como um todo nos próximos meses.