De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada hoje pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo restrito recuou 16,8% na comparação mensal com ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses, o indicador cresceu 0,7%. Na comparação interanual também houve queda de 16,8%.
Avaliando os segmentos na variação mensal (com ajuste sazonal), todas as oito atividades pesquisadas registraram queda em abril. Os principais recuos ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (-75,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-45,6%) e Móveis e eletrodomésticos (-35,9%). Por outro lado, na análise da variação interanual, o único segmento que apresentou avanço foi Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (14,6%).
O Comércio Varejista Ampliado registrou alta de 0,8% em abril na variação em 12 meses. Já na comparação mensal (dados dessazonalizados), o indicador recuou 17,5%.
Após já registrar variação negativa em março, o resultado de abril reforça os impactos da pandemia global do coronavírus. Com as medidas restritivas e de isolamento social implementadas para frear a disseminação do Covid-19 na segunda quinzena de março, o varejo foi diretamente impactado com o fechamento temporário da maioria dos seus estabelecimentos, dos quais permaneceram fechados até meados de junho quando se inicia um processo gradual de reabertura. Diferentemente de março, os segmentos que englobam os mercados e farmácias também apresentaram queda na variação mensal, apontando que a euforia por estes produtos no primeiro mês da pandemia havia passado. A recuperação do varejo ainda dependerá do relaxamento das medidas restritivas e do retorno do funcionamento da economia, que ainda depende da taxa de disseminação do Covid-19 no Brasil.