De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada hoje pelo IBGE, o volume de vendas no Varejo restrito recuou 2,5% na comparação mensal com ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses, o indicador cresceu 2,2%. Na comparação interanual houve queda de 1,2%.
Avaliando os segmentos na variação mensal (com ajuste sazonal), seis das oito atividades pesquisadas registraram queda em março. Os principais recuos ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (-42,2%), Combustíveis e lubrificantes (-11,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-27,4%) e Móveis e eletrodomésticos (-25,9%). Por outro lado, os segmentos que apresentaram avanço foram Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (14,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,3%), atividades consideradas essenciais em meio a pandemia do Covid-19.
O Comércio Varejista Ampliado registrou alta de 3,3% em março na variação em 12 meses. Já na comparação mensal (dados dessazonalizados), o indicador recuou 13,7%.
Após registrar variação positiva em fevereiro, o resultado de março já aponta nitidamente os impactos da pandemia global do coronavírus. Com as medidas restritivas e de isolamento social implementadas para frear a disseminação no Covid-19 na segunda quinzena de março, o varejo foi impactado diretamente com o fechamento temporário da maioria dos seus estabelecimentos. É claramente observado que os segmentos de englobam os mercados e farmácias impediram uma queda maior no indicador como um todo, estes que são considerados atividades essenciais durante a pandemia e apresentaram uma alta da sua demanda no período. A recuperação do varejo ainda dependerá do relaxamento das medidas restritivas e do retorno do funcionamento da economia, que ainda depende da taxa de disseminação do Covid-19 no Brasil.