Comentários:
• Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE divulgada hoje, o volume do setor de serviços avançou 0,6% na comparação com o mês anterior (dados dessazonalizados). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o indicador contraiu 4,7%. Com isto, o setor acumula queda de 8,3% na análise em 12 meses e 4,7% no acumulado do ano.
• Nos resultados mensais com ajuste sazonal, registraram alta duas das cinco atividades analisadas. As que apresentaram alta neste período foram Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,1%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (3,4%).
• No lado das baixas no mês, por outro lado, o segmento que apresentou destaque foi o de Outros serviços que recuou 9,2% no período.
• Em termos regionais, houve crescimento mensal em 12 das 27 unidades da federação. Entre os principais resultados positivos, destaque para Distrito Federal (10,9%), São Paulo (0,5%) e Minas Gerais (2,6%). Por outro lado, o destaque negativo veio da Bahia (-6,3%).
• Por fim, foi observado queda da receita nominal de 7,8% nos últimos 12 meses. No mês de janeiro, o indicador teve baixa de 0,3%, de acordo com dados dessazonalizados.
• O aumento no volume de serviços no mês de janeiro disfarça, mas não muito bem, as dificuldades enfrentadas pelo setor. Isso fica mais claro ao se analisar de perto os números da Pesquisa Mensal de Serviços. O aumento de 0,6% no referido mês foi acompanhado de uma redução no mesmo período da receita em 0,3%, além disso, na comparação interanual, ambos registraram queda de 4,7%, o que acelerou a trajetória de queda na curva de longo prazo medida pela variação acumulada em 12 meses. Em relação ao volume, por exemplo, a queda passou de 7,8% para 8,3%, sendo este o recuo mais intenso da série histórica, que teve início em dezembro de 2012.
• Dado que os fatores condicionantes permanecem enfraquecidos, essa tendência de queda na curva de longo prazo deverá se manter, no mínimo, até o final do 1º trimestre deste ano. O atraso no processo de imunização, bem como, a volta à fase vermelha em diversas localidades no mês de março, certamente, tornará o processo de retomada no setor ainda mais difícil.
As tabelas abaixo apresentam os principais números da PMS de janeiro.