Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE divulgada hoje, o volume do setor de serviços cresceu 1,1% na comparação com o mês anterior (dados dessazonalizados). Em relação ao mesmo mês do ano passado, o indicador avançou 17,8%. Com isso, o setor acelerou seu ritmo de crescimento na análise de longo prazo e registrou alta de 2,9% no acumulado em 12 meses. No ano o indicador apontou alta de 10,7% frente ao mesmo período de 2020.
Contudo, nos resultados mensais com ajuste sazonal, apenas duas das cinco atividades analisadas registraram alta. Destaque para os serviços prestados às famílias, que avançou 3,8%, seguido por serviços profissionais e administrativos (+0,6%).
Por outro lado, os transportes e serviços auxiliares tiveram baixa de 0,2% no mês, assim como os serviços de informação e comunicação (-0,4%) e outros serviços (-0,5%).
Em termos regionais, houve expansão mensal em 15 das 27 unidades da federação. Entre os principais resultados positivos, destaque para São Paulo (+1,4%), Rio Grande do Sul (+3,4%), Minas Gerais (+1,2%), Pernambuco (+4,1%) e Paraná (+1,5%). Por outro lado, o Rio de Janeiro (-4,4%) apresentou a principal retração do período.
Por fim, a receita nominal também acelerou seu ritmo de crescimento e registrou alta de 4,0% no acumulado em 12 meses. No mês de julho, o indicador apontou alta de 1,5% de acordo com dados dessazonalizados
Perspectivas:
- O crescimento mensal observado no volume de serviços no mês de julho veio em linha com as expectativas de melhora para o setor, dado o fim do período de restrições mais severas para combate ao coronavírus e manutenção do auxílio emergencial. A forte variação na comparação interanual ocorre também devido ao efeito base de comparação, mas sugere que o indicador apresenta sinais mais sólidos de recuperação, se reafirmando no campo positivo e superando o nível de crescimento observado no período pré-pandemia.
- A recuperação do setor, ao longo de 2021, ainda está condicionada, principalmente, ao progresso do programa de imunização nacional, que segue prejudicada pela escassez global de oferta de vacinas e de insumos para a produção nacional. Outros fatores importantes são os movimentos proporcionados pela nova rodada de auxílio emergencial iniciado em abril, recuperação do mercado de trabalho, desempenho dos outros setores da economia e os movimentos da pandemia como um todo.
As tabelas abaixo apresentam os principais números da PMS de julho.