Comentários:

• Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE divulgada hoje, o volume do setor de serviços cresceu 1,7% na comparação com o mês anterior (dados dessazonalizados). Em relação ao mesmo mês do ano passado, o indicador avançou 21,1%. Com isso, o setor reverteu a tendência de longo prazo e voltou para o campo positivo com alta de 0,4% na análise acumulada em 12 meses. No primeiro semestre o indicador apontou alta de 9,5% frente ao mesmo período do ano passado.


• Nos resultados mensais com ajuste sazonal, as cinco atividades analisadas registraram alta. Destaque para os serviços prestados às famílias, que avançou 8,1%, seguido por serviços de informação e comunicação (+2,5%) e outros serviços (+2,3%).


• No mesmo sentido, os transportes e serviços auxiliares tiveram alta de 1,7%, enquanto os serviços profissionais e administrativos cresceram 1,4% no mês.


• Em termos regionais, houve expansão mensal em 23 das 27 unidades da federação. Entre os principais resultados positivos, destaque para Rio de Janeiro (+5,4%), São Paulo (+0,5%), Minas Gerais (+2,4%) e Rio Grande do Sul (+3,4%). Por outro lado, os destaques negativos vieram de Mato Grosso (-5,0%), Bahia (-0,8%) e Tocantins (-1,8%).


• Por fim, a receita nominal também reverteu sua tendência de queda e registrou alta de 1,1% no acumulado em 12 meses. No mês de junho, o indicador apontou alta de 2,5% de acordo com dados dessazonalizados.

Perspectivas:

  • O crescimento mensal observado no volume de serviços no mês de junho veio em linha com as expectativas de melhora para o setor, dado o fim do período de restrições mais severas para combate ao coronavírus e manutenção do auxílio emergencial. A forte variação na comparação interanual ocorre também devido ao efeito base de comparação, mas sugere que o indicador apresenta sinais de recuperação, retornando ao campo positivo e próximo de superar o nível de crescimento observado no período pré-pandemia.

  • A recuperação do setor, ao longo de 2021, ainda está condicionada, principalmente, ao progresso do programa de imunização nacional, que ainda se encontra a passos lentos pela escassez global de oferta de vacinas e de insumos para a produção nacional. Outros fatores importantes são os movimentos proporcionados pela nova rodada de auxílio emergencial iniciado em abril, recuperação do mercado de trabalho, desempenho dos outros setores da economia e os movimentos da pandemia como um todo

As tabelas abaixo apresentam os principais números da PMS de junho.