Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE divulgada hoje, o volume do setor de serviços recuou 1,2% em outubro na comparação com o mês anterior (dados dessazonalizados). Em relação ao mesmo mês do ano passado, o indicador avançou 7,5%. Com isso, o setor conseguiu acelerar seu ritmo de crescimento na análise de longo prazo e registrou alta de 8,2% no acumulado em 12 meses, ante 6,8% em setembro. No ano o indicador aponta alta de 11,0% frente ao mesmo período de 2020.
Em linha com o resultado do mês anterior, em outubro quatro das cinco atividades registraram variação negativa, com destaque para ‘serviços profissionais e administrativos’ e ‘outros serviços’, com baixa de 1,8% e 6,7% no período, respectivamente. Por outro lado, foi observado crescimento apenas em ‘serviços prestados às famílias, de 2,7% no mês.
Em termos regionais, houve retração mensal em 23 das 27 unidades da federação. Entre os principais resultados negativos, destaque para Rio de Janeiro (-3,2%), São Paulo (-0,5%), Rio Grande do Sul (-4,0%), Paraná (-2,1%) e Mato Grosso (-6,0%). Por outro lado, o Ceará (2,0%) registrou o principal avanço em termos regionais.
Já a receita nominal do setor acelerou seu ritmo de crescimento e registrou alta de 10,5% no acumulado em 12 meses. Já no mês de outubro, o indicador apontou queda de 0,2% de acordo com dados dessazonalizados.
A queda mensal observado no volume de serviços no mês de outubro veio abaixo da mediana das expectativas de mercado, que previam retração de 0,2% em um intervalo de projeções que ia de queda de 1,2% a alta de 0,5%. Apesar do resultado negativo no mês, o indicador segue com bom desempenho na comparação interanual e alcançou novamente o maior resultado da série histórica iniciada em 2012 na análise acumulada em 12 meses. Além disso, os serviços ainda estão em média 2,1% acima do nível pré-pandemia.
Vale ressaltar, no entanto, que mesmo essa recuperação pode se deparar com um obstáculo preocupante, como já foi observado nos dois últimos meses, que seria a inflação dos serviços. Na variação acumulada em 12 meses, as curvas de volume e receita estão caminhando de mãos dadas, o que não é muito frequente conforme apontado no gráfico anterior e, evidentemente, essa inflação, tende a causar implicações, provavelmente negativas, sobre diversos setores da economia, como serviços e varejo.
As tabelas abaixo apresentam os principais números da PMS de outubro.