Análise sobre as vendas no varejo restrito em novembro:
As vendas no varejo restrito subiram 0,6% entre os meses de outubro e novembro, porém registram queda na comparação interanual de 4,2%.
No ano, o resultado acumulado desacelerou de 2,6% para 1,9%.
De acordo, com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, o volume de vendas no varejo restrito subiu 0,6%, em novembro na comparação mensal dos dados dessazonalizados.
Mas o resultado foi melhor que a mediana das projeções do mercado, que apontava estabilidade, e variavam de uma queda de 2,8% a uma elevação de 0,4% no período. Dentre os destaques, as vendas no varejo restrito foram puxadas para cima, sobretudo, pelo segmento de “Super e hipermercados”, que subiu 0,8% no mês.
Na contramão, “Móveis e eletrodomésticos”, “Tecidos, vestuário e calçados” e “Combustíveis e lubrificantes” apontaram queda de 2,3%, 1,9% e 1,4%, respectivamente. Por outro lado, na comparação interanual foi observada uma retração de 4,2%, que contribuiu para a desaceleração dos resultados acumulados.
No ano e no acumulado em 12 meses, o crescimento passou de 2,6% para 1,9%. E a desaceleração do crescimento nas vendas varejo restrito já era esperada pelos economistas da Boa Vista. Já que o indicador de Movimento do Comércio que registrou queda de 2,8% em novembro na comparação interanual.
Razões da desaceleração nas vendas varejo restritivo:
Dentre as razões estão a redução da confiança observada em novembro tanto de consumidores, quanto de comerciantes. E, sobretudo, a falta do auxílio emergencial, pago até o mês de outubro, pesaram sobre a decisão e sobre o orçamento das famílias.
Portanto, os consumidores se mostraram mais cautelosos durante a Black Friday. E acabaram optando mais por itens básicos, deixando um pouco de lado aqueles outros itens, costumeiramente, mais desejados e de maior valor, como aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos.
Esse cenário é um presságio dos números referentes ao mês de dezembro e que ainda serão divulgados com inflação e juros mais elevados, menos auxílios e confiança. E a tendência de desaceleração na curva de longo prazo tende a se manter, de modo que o comércio no varejo restrito deve encerrar o ano de 2021, com crescimento próximo a 1,5%.
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