A empresa de inteligência analítica Boa Vista e a Federaminas (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais) acabam de firmar uma parceria de negócios que tem como propósito contribuir para com o desenvolvimento do empresariado mineiro. Por meio desta iniciativa, a Boa Vista ganha ainda mais capilaridade e presença no estado e, por sua vez, a Federaminas passa a oferecer aos seus associados o que há de mais inovador em soluções para análise de crédito, da prospecção passando pela concessão, gerenciamento de carteira à recuperação, mais antifraude para e-commerces e pagamentos digitais, tudo para que os empresários mineiros façam negócios ainda mais eficientes e com menos riscos.
Segundo Alexandre Kanbach, diretor comercial de Rede & Canais Massivos da Boa Vista, em primeira instância cerca de 40 associações comerciais, empresariais e industriais de Minas Gerais já passam a contar com a inteligência analítica oferecida pela companhia à Federaminas. No entanto, a expectativa é que entidades de outros municípios do estado ingressem no decorrer dos próximos meses, já que também poderão ser beneficiadas pelas vantagens firmadas por meio desta parceria. “Os associados da Federaminas terão acesso a soluções de análise de crédito criadas a partir de uma das bases de dados mais robustas do país, com preços muito competitivos, o que é extremamente vantajoso”, detalha o executivo.
As soluções da Boa Vista contêm o que há de mais avançado em analytics e podem ser utilizadas por empresas de todos os portes e setores, do comércio à indústria e serviços, como bancos e financeiras, varejo, e e-commerce, telecomunicações, utilities, fintechs e seguradoras. “Nós temos uma gama enorme de informações e sabemos muito bem como utilizá-las a favor dos nossos clientes. Em 2021, para exemplificar, inauguramos o Centro de Excelência em Analytics. Nossa fábrica de algoritmos com capacidade de gerar com velocidade, precisão e de forma customizada os melhores estudos e ferramentas de análise de dados para os nossos clientes. E é isso que a Federaminas e os seus associados já têm à disposição”, complementa Alexandre Kanbach.
Para o presidente da Federaminas, Valmir Rodrigues, “a parceria de negócios com a Boa Vista oferece um serviço de qualidade e com vários benefícios para nossos associados. A Boa Vista irá integrar o hub de negócios da Federaminas, que tem o foco em contribuir para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas, através da melhoria do ambiente de negócios e fomento do associativismo em Minas Gerais. Será uma importante parceria para as associações comerciais, pois através da infraestrutura oferecida pela Boa Vista, as ACEs terão acesso à tecnologia e um sistema completo com diferentes relatórios, indicadores e muito mais.”
Inadimplência mineira
Com as soluções inteligentes para cada etapa do ciclo de crédito da Boa Vista, a Federaminas e as suas entidades associadas poderão adiantar-se a uma possível alta da inadimplência em 2023, é o que explica o economista da Boa Vista, Flávio Calife.
“O nosso indicador de Registros de Inadimplentes subiu 4,7% no ano passado em Minas Gerais, muito menos em comparação à alta que se viu para a região Sudeste, de 21,6%, e para o Brasil como um todo, de 19,9%. Contudo, é importante ressaltar que em 2021 a leitura do indicador para a região Sudeste e para o Brasil foi de queda (de 8,2% e 4,3%, respectivamente), ao contrário do que se viu em Minas Gerais, onde o número de registros já havia subido 6,2%, ou seja, esse menor crescimento de 2022 foi sobre uma base maior de comparação”, analisa Calife.
O economista da Boa Vista diz ainda que o indicador de Registros de Inadimplentes costuma antecipar a tendência de movimento na taxa de inadimplência das famílias, que é divulgada pelo Banco Central, e alerta que, apesar da forte alta verificada ao longo do ano passado, não seria nenhuma surpresa se ela subisse mais um pouco em 2023, dado o cenário econômico delicado que o consumidor tem pela frente.
“Depois de um período atípico, da pandemia, especificamente, o indicador de registros e as taxas de inadimplência se encontram em níveis que retratam melhor a situação das famílias na economia brasileira. Como é esperado mais um ano de inflação e juros altos, a capacidade de pagamento delas tende a permanecer comprometida. Claro que isso pode vir a mudar, temporariamente, por conta de fatores que são exógenos, como o programa de renegociação de dívidas que está sendo proposto pelo novo governo, mas isso não resolve o problema, como as postergações em 2020 não resolveram. Na época a inadimplência caiu para níveis historicamente baixos, mas depois subiu, e hoje está em patamares mais elevados do que antes”, finaliza o economista da Boa Vista.