Presidente da Boa Vista Serviços afirma que novo cadastro beneficia consumidores e fornecedores de empréstimos.
O consumidor brasileiro e as instituições financeiras que concedem crédito tiveram uma boa notícia com a publicação, no Diário Oficial da União, do decreto que regulamenta o Cadastro Positivo. “Trata-se de uma evolução que traz grandes benefícios à sociedade brasileira”, afirma Dorival Dourado, presidente da Boa Vista Serviços, maior empresa de capital nacional de informações e dados sobre crédito, que administra o SCPC.
Dorival lembra que com o Cadastro Positivo haverá um importante salto de qualidade no mercado de crédito com a inclusão de mais dados (inclusive os positivos) sobre o histórico de pagamento dos consumidores. Com mais informações sobre seu comportamento, o consumidor poderá ter acesso ampliado e em condições mais favoráveis aos empréstimos, enquanto as empresas que concedem crédito passam a ter mais ferramentas para medir o risco das operações de maneira segura, entre outras vantagens.
“O Cadastro Positivo é um mecanismo transparente, que cria um novo paradigma no setor”, garante Dorival Dourado. “O consumidor – sobretudo o de menor renda que não tem acesso ao crédito – ganha condições de ingressar nesse mercado e como condutor de seu histórico, já que poderá acompanhar quem está utilizando suas informações (que podem ser por ele excluídas ou incluídas). Além disso, deve-se lembrar que a legislação determina que a inclusão no cadastro só pode ser feita com autorização do consumidor. Já as concedentes têm a possibilidade de fazer propostas diferenciadas aos clientes, além de conhecê-los melhor com o acesso também a informações positivas. O mercado, assim, só tem a ganhar”.
Na avaliação do presidente da Boa Vista, o Cadastro Positivo será adequado também nesse momento em que o setor de crédito vive um quadro de mudanças, com a entrada de milhões de novos consumidores nos últimos anos. Essa situação exige ferramentas apropriadas para todos os participantes do mercado e o Cadastro Positivo encaixa-se nessa necessidade, como ficou comprovado nos outros países em que foi adotado.
Dourado lembra que ainda há etapas a cumprir em relação à regulamentação do Cadastro Positivo, que será feita por órgãos do governo. Ele ressalta que é necessária especial atenção com a credibilidade do mercado, com a constante fiscalização do comportamento das empresas que trabalharão com dados do Cadastro Positivo.
“É preciso que essas empresas sejam comprovadamente idôneas, com atuação dentro de elevados padrões de governança, atendendo aos requisitos de confiabilidade e segurança”, afirma o presidente da Boa Vista. “Também é preciso monitoramento quanto ao cumprimento da exigência de capital mínimo para as companhias que trabalharão com o Cadastro Positivo, para evitar que várias empresas de menor porte se juntem e façam uma ‘soma’ que permita chegar ao nível exigido, apenas para atender à exigência – o que pode significar a entrada de companhias sem tradição nem confiabilidade para atuar em um segmento tão importante”.
Com esses cuidados, assegura Dorival Dourado, será possível garantir que uma ferramenta importante como o Cadastro Positivo produza todos seus impactos no mercado de crédito: “Dessa forma, essa nova ferramenta poderá criar uma nova dinâmica no setor, com maior competição entre os concedentes e reconhecimento dos bons pagadores, com reflexos na melhora da oferta e no acesso aos empréstimos por parte, sobretudo, das camadas de menor renda da população”.