66% das empresas acreditam que as vendas da Black Friday em 2020 serão iguais ou superiores às de 2019, de acordo com pesquisa realizada pela Boa Vista, empresa que aplica inteligência analítica na transformação de informações para a tomada de decisões em concessão de crédito e negócios em geral, com 600 representantes dos setores do comércio, serviços e indústria. Apesar da maioria estar otimista, houve uma queda de 20 p.p (pontos percentuais) na comparação com 2019, quando estes eram 86% do total.
O otimismo é maior entre as empresas da Indústria, com 37% das empresas do setor confiantes no aumento das vendas em relação à última Black Friday. Já o setor de Serviços é o menos otimista, com 38% esperando queda nas vendas.
Aproximadamente dois terços das empresas (69%) estão preparadas para conceder crédito nesta Black Friday, número que chega a 81% nas empresas do Comércio. Destas empresas, um terço afirma que precisará de apoio na concessão de crédito.
Representatividade maior em 2020
De acordo com a pesquisa da Boa Vista, as vendas da Black Friday têm uma representatividade de, em média, 5,7% no faturamento anual das empresas. No ano passado, essa média era de 3,7%, indicando uma maior importância da data este ano para as empresas, muito por conta do desempenho fraco nas vendas em datas comemorativas anteriores, afetadas pelas medidas contra a pandemia do novo coronavírus.
Sem estoque extra nem contratações
Assim como no ano passado, a maioria das empresas não vai fazer estoque extra nem contratar mão de obra adicional especialmente para a Black Friday. Só 29% pretendem fazer estoque extra e só 18% pretendem fazer contratações adicionais.
Questionados sobre o porquê da decisão, 54% dizem que não têm capital de giro para estoque extra e 46% não irão contratar pois já tiveram que reduzir o quadro de funcionários em função da crise ocasionada pela Covid-19.
Estratégias e comércio on-line
Seguindo a proposta de origem da Black Friday, as empresas vão apostar mais na criação de novas promoções para atrair os clientes (21%). Já a segunda estratégia mais citada, por 20% das empresas, será a estimulação das vendas nas redes sociais.
Falando em redes sociais e comércio on-line, 64% das empresas possuem perfis ativos, e 40% delas indicam o Facebook como a rede social mais utilizada. Apenas 37% das empresas possuem site próprio. A principal dificuldade apontada pelas empresas para realizar negócios on-line é em não saber como criar uma comunicação adequada para atingir o seu público-alvo. Em seguida, vêm as fraudes on-line.