Os pedidos de falência avançaram 10,1% em novembro, na comparação com outubro, segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista. Por outro lado, mantida a base de comparação, os pedidos de recuperação judicial e as recuperações judiciais deferidas diminuíram 16,9% e 16,7%, respectivamente. No mesmo sentido, as falências decretadas apontaram queda de 39,6% na variação mensal.

Na análise acumulada em 12 meses, os pedidos de recuperação judicial apresentaram alta de 20,7%, assim como as recuperações judiciais deferidas (17,0%). Já os pedidos de falência subiram 13,1%, enquanto as falências decretadas recuaram 0,7%, na mesma base de comparação.

Após três meses de queda entre julho e setembro, os pedidos de falência registraram o segundo avanço mensal consecutivo em novembro. Soma-se a isso o forte aumento na comparação interanual, que contribuiu para o fim do ritmo de desaceleração que o indicador vinha apresentando na análise acumulada em 12 meses. Da mesma forma, apesar de registrar queda na avaliação mensal, as falências decretadas apontaram desaceleração em seu ritmo de queda na análise acumulada, sugerindo que as empresas ainda estão encontrando dificuldades em seus indicadores de solvência neste final de ano.

Ademais, espera-se que nos próximos meses o indicador siga condicionado aos efeitos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, dado que seus impactos ainda são fortemente sentidos por todas as esferas da economia nacional.

Metodologia

O indicador de falências e recuperações judiciais é construído com base na apuração dos dados mensais registrados na base do SCPC, oriundos dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados.

A série histórica deste indicador se inicia em 2006 e está disponível em:

http://www.boavistaservicos.com.br/economia/falencias-e-recuperacoes-judiciais/