Os pedidos de falência caíram 19,0% no acumulado 12 meses (fevereiro de 2017 até janeiro de 2018 comparado aos 12 meses antecedentes), segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Mantida a base de comparação, as falências decretadas subiram 8,8%, enquanto para os pedidos de recuperação judicial e recuperações judiciais deferidas[1] foram observadas quedas de 20,2% e 17,8%, respectivamente.
Na comparação mensal os pedidos de falência caíram 29,2% em relação a dezembro de 2017. No sentido contrário, houve crescimento nas falências decretadas (54,2%), pedidos de recuperação judicial (31,8%) e recuperação judicial deferidas (32,3%).
Como evidenciado pelos resultados acumulados em 12 meses, apenas as falências decretadas cresceram, enquanto os outros indicadores permanecem caindo. Passado o período de intensa retração da atividade econômica, redução do consumo, restrição e encarecimento do crédito, entre outros fatores, as empresas apresentam sinais mais sólidos dos indicadores de solvência, fato que deve continuar, uma vez que o cenário econômico tem mostrado recuperação em diversos setores produtivos.
[1] Devido ao movimento atípico do volume de pedidos e deferimentos de recuperação judicial realizados por um grupo do setor imobiliário, em março de 2017 contabilizou-se para as respectivas séries somente o CNPJ principal da empresa em questão.
Metodologia
O indicador de falências e recuperações judiciais é construído com base na apuração dos dados mensais registradas na base de dados da Boa Vista SCPC, oriundas dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados.