Mesmo com a capacidade de endividamento dos consumidores ainda limitada pelo fraco crescimento da renda das famílias, muito por conta dos elevados níveis de desocupação e subutilização da mão-de-obra, há uma percepção de que a situação financeira atual melhorou na comparação entre o 1º semestre de 2019 e o mesmo período do ano passado. A constatação é de um levantamento com abrangência nacional feito pela Boa Vista, com cerca de 2.200 entrevistados, adimplentes e inadimplentes.
A percepção de melhora nas finanças foi puxada principalmente por aqueles que não possuem restrição (nome sujo). Segundo a pesquisa da Boa Vista, 41% dos consumidores adimplentes disseram que a situação financeira está melhor (atuais), contra 35% dos respondentes no 1º semestre de 2018. Já 51% dos inadimplentes, ou seja, os que estão com o ‘nome sujo’, informaram que a situação financeira está pior (mesmo % registrado no 1ºSem18).
42% dos consumidores declararam que a quantidade de dívidas diminuiu, contra 37% no 1º semestre de 2018. Para 30% não mudou nada e para 28% as dívidas aumentaram. Quando se30parados os perfis de público, 50% dos adimplentes disseram que a quantidade de dívidas diminuiu (atuais) versus 40% (1ºSem18). E no caso dos inadimplentes, 36% informaram que a quantidade de dívidas aumentou (atuais) contra 39% (1ºSem18).
89% dos consumidores entrevistados pela Boa Vista esperam melhora nas finanças pessoais ainda para este ano. Ou seja, que a relação recebimentos versus gastos seja positiva. Outros 7%, por outro lado, acreditam que esta relação deverá ficar igual e 4% que irá piorar.
Quando separados os adimplentes dos inadimplentes, 88% dos que não têm restrição esperam ganhar mais do que gastam (atuais) contra 91% (1ºSem18). Já 89% dos que têm restrição esperam ganhar mais do que gastam (atuais) versus 93% (1ºSem18).
Metodologia
Pouco mais de 2.200 consumidores, segmentados em inadimplentes e adimplentes, responderam à Pesquisa Perfil do Consumidor realizada de modo online ao longo do 1º semestre de 2019 pela Boa Vista, em todo o território nacional. O estudo buscou identificar o grau de dificuldade para pagar as contas, medir o nível de endividamento e identificar como está o comprometimento da renda da família com o pagamento de dívidas. Os resultados consideram 2% de margem de erro e 95% de grau de confiança.