Por Thiago Custódio Biscuola, da RC Consultores
Considerado como um sinalizador de desempenho do PIB, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) registrou em novembro queda de 0,3% frente a outubro na série livre de influências sazonais. Já em comparação com igual mês do ano anterior, o índice apresentou alta de 1,3% na série sem ajuste sazonal. No ano de 2013 o índice acumula elevação de 2,7%, enquanto nos doze meses encerrados em novembro o IBC-BR apresenta crescimento de 2,4%.
O resultado no mês deveu-se, sobretudo, à retração observada pela indústria, cuja produção teve queda de 0,2% no período. Em contrapartida, o resultado só não foi pior devido ao dinamismo do varejo, que registrou em novembro o nono mês consecutivo de alta. O ritmo de atividade no quarto trimestre deverá ser ligeiramente melhor do que o observado no trimestre exatamente anterior. A lenta evolução da indústria e a perda de fôlego do varejo inibem um crescimento maior. Destoando dos demais setores, o agronegócio contribuirá significativamente para o crescimento em 2013. A safra recorde de cereais, leguminosas e oleaginosas que, segundo o IBGE, cresceu 16,2% em relação a 2012, alcançando 188,2 milhões de toneladas, impedirá um desempenho pior da economia. Apesar da expectativa do governo de um crescimento robusto, o avanço do PIB não deve ultrapassar o patamar de 2,4% no ano passado. Para 2014 a RC Consultores estima um crescimento ligeiramente superior, algo em torno de 2,5%.
Ed.347