Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores
O Banco Central realizou ontem três intervenções no mercado de câmbio a fim de evitar que o dólar ficasse acima de R$ 2,30. Foi o maior número de intervenções em apenas uma sessão desde agosto de 2002. A moeda fechou a R$ 2,278, queda de 0,13% em relação ao fechamento do dia anterior. Em julho o dólar acumulou alta de 2,1% e subiu 11,4% no ano.
O BACEN deixou clara a intenção que defenderá um teto de R$ 2,30 para o dólar no curto prazo. Essa mensagem decorre da preocupação dos efeitos que uma nova alta do dólar tem sobre a inflação, que segue batendo no teto da meta. O Banco Central deve continuar atuando já que a questão não envolve liquidez, e sim especulação. Embora o déficit em conta corrente se aproxime do preocupante patamar de 3,5% do PIB em 2013, a recente elevação da Selic, favorecendo a arbitragem, e a melhora do saldo da balança comercial deve contribuir para uma maior entrada de dólares no país. A RC Consultores projeta o dólar no final do ano próximo a R$ 2,25.
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