Por Marcel Caparoz e Paulo Rabello de Castro, da RC Consultores
No próximo fim de semana os líderes do G-20, grupo das maiores economias desenvolvidas e emergentes do mundo, se encontrarão na Austrália para discutir medidas capazes de elevar a demanda mundial e acelerar a recuperação econômica em diversos países do globo, entre eles o próprio Brasil. O grande objetivo do encontro é lançar instrumentos que permitam a geração de 2 pontos percentuais adicionais ao crescimento global, resultando num incremento de até US$ 2 trilhões na economia do mundo até 2018.
Dentre as medidas que deverão ser incentivadas no encontro, está a promoção ao investimento em infraestrutura em países emergentes, permitindo ganhos seguros para os investidores internacionais ávidos por mais rentabilidade num marco jurídico estável. Dado o patamar historicamente baixo dos juros nos países desenvolvidos, a inversão de ativos de longa maturação em países emergentes passou a ficar mais interessante, desde que com segurança jurídica. O Brasil incluiu na agenda do encontro um total estimado de US$ 49 bilhões em novos projetos em infraestrutura, deixando, no entanto, outros US$ 50 bilhões de fora devido à falta de tempo nesta rodada. A presidente Dilma Rousseff reforçará ao G-20 que o Brasil tem interesse e ambiente doméstico atrativo para atrair estes bilhões de investimentos. Considerando o atual cenário econômico e político do país, a tarefa presidencial não será nada fácil.