José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores
O Institute for Management Development – IMD – divulgou o Índice de Competitividade Mundial 2014 apontando o Brasil no 54º lugar em um ranking de 60 países analisados. No topo da lista dos países competitivos estão os EUA, Suíça, Singapura, Hong Kong, Suécia e Alemanha. O Brasil só ganha em competitividade da Venezuela, Argentina, Grécia e Croácia. O ranking se baseia em quatro pilares: performance econômica, eficiência do governo, infraestrutura e eficiência dos negócios. Pesam desfavoravelmente a alta carga tributária direta e indireta e as taxas de juros de curto e longo prazos.
Este levantamento corrobora estudo feito recentemente pela área de pesquisa da revista The Economist, que apontou o Brasil muito mal colocado no ranking de produtividade em itens como infraestrutura e carga tributária. Estudo da Fiesp também apontou que o Brasil precisaria aumentar em três vezes os índices de desempenho de infraestrutura de transporte para chegar aos melhores níveis praticados pelos competidores internacionais. No custo do transporte ferroviário, por exemplo, o frete é 16 vezes maior que o padrão praticado no mundo. De fato, a tributação excessiva e a complexa estrutura de impostos nos bens de capital, nos insumos e na energia fazem explodir o custo de produção. Para que o país possa ser competitivo é necessário e urgente simplificar o Brasil produtivo. Sem uma política econômica e fiscal consistentes, será impossível ao Brasil se impor como um player importante na economia global. Nos últimos quatro anos, o Brasil perdeu 16 posições no ranking.