Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores

O IBGE divulgou hoje a prévia da inflação oficial do país. O IPCA-15 teve variação de 0,68% em fevereiro, um recuo de 0,20 ponto percentual em relação ao mês anterior. Em janeiro este indicador teve variação de 0,88%. Como previsto, a redução de 13,45% nas contas de energia elétrica impactaram o grupo Habitação, que apresentou deflação de 2,17%. Vestuário, Transportes e Despesas Pessoais também contribuíram para o recuo da inflação. Na contramão, a Educação, com alta de 5,49%, pressionou o índice. Alimentação e Bebidas, Artigos de Residência e Saúde foram outros grupos a pressionar a inflação em fevereiro. Em 12 meses, o IPCA-15 geral acumula alta de 6,18%, contra 6,02% em janeiro, portanto ainda subindo.

Nos próximos meses, o IPCA acumulado em 12 meses deve ficar acima dos 6%. Ainda a pressionar a inflação deste ano há o adiado reajuste das passagens urbanas. A inflação de serviços, em torno de 8%, não deve recuar significativamente. Por outro lado, espera-se uma queda importante nos alimentos, por conta da nova safra. Ontem, o BACEN e o Ministério da Fazenda afirmaram que a inflação não deve convergir para o centro da meta, de 4,5%, este ano. Para Mantega a inflação fechará o ano em 5,5%, ligeiramente inferior à do ano passado, de 5,84%.

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