Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores
Ontem o índice Dow Jones fechou em alta de 0,32% e pela primeira vez superou a barreira dos 15.100 pontos em sua história de 117 anos. Wall Street seguiu a tendência das bolsas mundiais, como Tóquio, que não alcançava nível parecido desde a quebra do Lehman Brothers e a de Frankfurt, que atingiu um recorde histórico. O Índice Bovespa não acompanhou os mercados internacionais e retornou ao nível dos 55 mil pontos, com queda de 0,83%.
A euforia das bolsas é creditada às boas notícias vindas da Europa, como o resultado melhor do que o esperado da indústria alemã em maço em relação a fevereiro e o leilão bem sucedido de bônus portugueses e gregos. O inesperado corte de juros pelo Banco Central da Austrália, alguns balanços corporativos positivos e o superávit comercial da China também ajudaram a explicar a alta. No entanto, o recuo do ouro e outras commodities revelam aspectos importantes no cenário de 2013 que não devem se ignorados. A frágil retomada da economia mundial está baseada em injeções maciças de dinheiro pelo FED e demais bancos centrais. A volatilidade deve permanecer alta, pois os mercados continuam muito líquidos e com poucas alternativas onde aplicar, alternando o humor entra a euforia e o medo de prejuízos catastróficos.
Ed.181