Por José Valter Martins de Almeida e Paulo Rabello de Castro, da RC Consultores
Embora alguns tenham pensado que o mundo tinha data certa para acabar, 21/12/2012, ele não terminou. Não para todos, pelo menos. Também alguns achavam, desde a crise da grande bolha de Wall Street, com o colapso de 2008, que o mundo financeiro capitalista tinha chegado ao fim. Também não acabou. Mais uma vez, não para a maioria. Desde então, e 2012 não foi diferente, experiências inéditas na economia têm sido feitas, com resultados não muito animadores. Países na zona do Euro com dificuldade de fechar as contas... Endividamento galopante do governo americano... Estagnação salarial e queda do emprego revelam o fracasso da atual política econômica ocidental, como hoje adotada dos dois lados do Atlântico.
E o que esperar de 2013? De certeza, só que o mundo não vai acabar. O cenário mais provável é mais um período fraco para a Europa e EUA. A América Latina aproveitou o bom momento dos preços das commodities, que pode, ao longo do próximo ano, não se repetir, sobretudo nas commodities pesadas, como minério de ferro e petróleo. Os produtos do agro devem sofrer recuo moderado de preços. É possível que a China reequilibre sua economia com crescimento ao redor de 8%. Bom pagar pouco nessa aposta. O Brasil deve crescer algo em torno de 3,5%, mas surpresa, se houver, não será na direção norte. A restrição na oferta de mão de obra especializada deve manter pressões salariais. O nível de crédito aumentará, mas em linha com temor crescente da inadimplência do mutuário. O aumento da competitividade, através da redução e simplificação de impostos e aumento dos investimentos, continua sendo o desafio maior para o próximo ano. Dilma prometeu anteontem fazer da redução dos impostos “uma de minhas lutas em 2013”, disse ela, convicta, como está, da bandeira em prol do BRASIL MAIS EFICIENTE. Tomara! A todos nós, pagadores de impostos, um 2013 mais leve!
Boas Festas! Voltamos em 02 de janeiro.
Ed.95