Os indicadores econômicos da Zona do Euro divulgados hoje deram um pouco de esperança ao bloco. E ao mundo. A combinação do programa de afrouxamento quantitativo do Banco Central Europeu (BCE) com o enfraquecimento do euro ante o dólar, a queda dos preços do petróleo e os sinais de expansão do crédito foi responsável pelo crescimento do PIB da Zona do Euro.
O bloco registrou um crescimento da atividade econômica de 0,4% na margem, no 1º trimestre de 2015 ante o trimestre anterior, e de 1% na comparação anual. Apesar do resultado do PIB ficar abaixo do esperado pelo mercado, foi o melhor resultado desde o 2º trimestre de 2013. Em termos anualizados, o PIB cresceu 1,6% e a expectativa é que feche 2015 com crescimento de 1,5%.
Esse resultado foi influenciado principalmente pelo crescimento da França e da Itália, que registraram expansão de 0,6% e 0,3% na margem, respectivamente. A Alemanha, principal economia do bloco, cresceu abaixo do esperado, apenas 0,3%, na mesma base de comparação. E a Espanha apresentou o maior crescimento entre as quatro maiores economias do bloco, 0,9%. É a primeira vez desde 2010 que as quatro maiores economias registram resultados positivos conjuntamente.
A má notícia do dia, no entanto, foi o segundo recuo consecutivo da economia grega, que registrou queda de 0,2% na margem, agravando o cenário econômico do país. As incertezas políticas que acompanharam a recessão do país nos últimos 6 anos fizeram com que as eleições fossem antecipadas. Entretanto, tal decisão parece não estar surtindo efeito, pelo menos até o momento.