Indicadores antecedentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgados hoje são utilizados para identificar tendências de crescimento de longo prazo das economias e são construídos para tentar adiantar os primeiros sinais de mudanças entre o crescimento e a desaceleração da atividade econômica. Com base nas informações disponíveis até abril, os indicadores sugerem que a economia europeia apresenta a melhor expectativa de retomada de crescimento, com destaque para a França e Itália. Reino Unido e Alemanha, que aparentemente vinham se destacando no cenário europeu, apresentam perspectiva de estabilidade no ciclo de crescimento. Na mesma situação estão o Japão e a Índia.
Os Estados Unidos, que no início do ano despontavam como locomotiva do ano, podem não ter uma recuperação tão significativa como a esperada. Por outro lado, a Rússia, muito afetada pelos preços do petróleo e pelas sanções comerciais impostas ao país devido à crise na Ucrânia, pode estar se livrando do longo período de estagnação econômica em que se encontrava. A redução nas expectativas de crescimento da economia americana, de 3,1% para 2,0%, levou os economistas da OCDE a revisarem para baixo também as expectativas de crescimento da economia global para este ano, passando de 3,6% para 3,1%.
Três economias aparecem com perspectiva de desaceleração: Canadá, China e Brasil. Para os dois países emergentes a notícia não é nenhuma novidade. O Canadá, por sua vez, apurou queda da atividade no primeiro trimestre do ano e terá dificuldades de retomar o crescimento com o baixo crescimento da economia americana.
Apesar da aparente melhora do cenário europeu, de modo geral, as economias têm enfrentado dificuldade para a retomada de crescimento. E uma solução para este problema não parece provável no curto prazo.