Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores

A taxa de desemprego subiu para 5,7% em março. Mesmo assim, o resultado foi o melhor para o mês desde 2002. Segundo o IBGE a variação média de pessoas ocupadas nas seis regiões pesquisadas recuou 0,2%.  São Paulo, que responde por 40% da pesquisa, ficou acima da média, com queda de 1,3%, devido, principalmente, a 93 mil  trabalhadores dispensados na indústria. Só em São Paulo o número de vagas na indústria encolheu 4,8%.

O desemprego se mantém em nível baixo no país. A recuperação frágil da economia tem tido pouco impacto sobre o mercado de trabalho, que ajuda a manter a pressão sobre os preços e sobre os custos, em especial da indústria. Isso se deve porque o setor de serviço é que tem balizado por cima o preço da mão de obra. Essa propagação de custos aos outros setores da economia deve permanecer. Como tudo é relativo, enquanto discutimos aqui o aumento do desemprego de 5,6% para 5,7%, do outro lado do Atlântico a taxa de desemprego atingiu 27,2% na Espanha e 10,2% na França. Tamanha diferença não deve durar para sempre.

Ed.173