Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores

O Banco Mundial estima que o PIB da América Latina deva crescer 3% este ano, abaixo dos 3,5% a 4% previsto anteriormente. Para 2013 a estimativa é que cresça entre 3,8% a 4%, “influenciado por uma significativa desaceleração da economia no Brasil e na Argentina”. O Banco Mundial afirma que alguns países da região deverão crescer acima da média, como o Peru, México, Panamá, Colômbia, Chile e Equador. O FMI também deve rever, nos próximos dias, sua projeção do PIB mundial, para este ano, de 3,5% para algo em torno de 3%.

Esses números podem ser otimistas. A América Latina, e em particular o Brasil, ainda é fortemente dependente de exportações de commodities e vulnerável a um declínio na demanda global, especialmente da China. A desaceleração do crescimento da China e da Índia, o fraco desempenho da economia americana e a conjuntura europeia mostram que a crise mundial está longe de estar equacionada. O Brasil não tem tirado partido da situação atual, de grande exportador de commodities, porque está consumindo muito, agravando os riscos de uma eventual virada de tempo, quando deveria reestruturar os sistemas de poupança e investimento.

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