Por Paulo Rabello de Castro, da RC Consultores

Ao divulgar objetivo de não permitir o PIB crescendo menos do que 2,7% este ano, o Planalto de fato sinaliza a dúvida, cada vez mais patente nas ações de curto prazo do governo, quanto ao resultado da economia produtiva em 2013. Na média de opiniões de especialistas, acompanhada pela pesquisa Focus, a estimativa de expansão do PIB está hoje em 2,93% e vem caindo gradativamente à medida em que se constata um comportamento mais contido do consumo e a lenta reação do investimento. A RC Consultores, desde o início do ano, tem antecipado sua projeção de um crescimento de apenas 2,7% em 2013.

O Banco Central também acompanha a divulgação, hoje, da estimativa de crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2013. Se a taxa ficar bem abaixo de 1%, que o mercado esperava, como 0,8% por exemplo, a projeção do ano como um todo poderá confirmar a queda do ritmo do PIB e, com isso, segurar o aumento da taxa de juros. Assim, ao repetir o último aumento da Selic realizado em abril, de 0,25%, o BC estaria optando por pisar mais devagar no freio do consumo para não derrubar o crescimento do PIB além do politicamente suportável.

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