Por Marcel Augusto Caparoz, da RC Consultores

Na última sexta feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que cortará inicialmente do orçamento menos de R$ 15 bilhões, prometendo novos cortes ao longo do ano com o objetivo de atingir “a qualquer custo”, a meta de superávit primário de 2,3%. Parte dessa economia será obtida através do corte dos gastos com custeio da administração pública.

Promessas parecem já não fazer efeito sobre os mercados. Na última sexta feira, quando foi divulgado o IPCA de junho abaixo da expectativa de mercado, os contratos futuros de juros com vencimento em janeiro de 2017 chegaram a subir 0,19%, reagindo ao discurso do ministro. Medidas tímidas não serão suficientes para resgatar a abalada credibilidade do governo, desgastada após inúmeros casos de utilização de “contabilidade criativa” para fechamento das contas públicas, além do recorrente crescimento dos gastos correntes acima do PIB nominal.

Ed.222