Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores 

O déficit em transações correntes em janeiro saltou para US$ 11,4 bilhões e US$ 58,6 bilhões em 12 meses, equivalente a 2,58% do PIB. É o pior resultado de toda série histórica desde 1947. Contribuíram para o resultado negativo, a balança comercial de US$ 4 bilhões e o aumento das remessas de lucros e dividendos de US$ 2,1 bilhões. A entrada de Investimento Estrangeiro Direto (IED) foi de US$ 3,7 bilhões, bastante inferior ao de janeiro de 2012 de US$ 5,4 bilhões. Enquanto isso, o déficit de turismo não para de crescer.

Este ano, o déficit deve ficar entre US$ 65 a US$ 70 bilhões, 30% superior ao do ano passado. Esse déficit deve ser financiado parcialmente pelo investimento estrangeiro. As reservas cambiais nos deixam confortáveis no curto prazo.  No entanto, o país perde espaço no investimento externo. A concorrência é grande. México, Colômbia, Chile e Peru, para citar apenas os da América, são fortes competidores.

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