Por José Valter Martins de Almeida, da RC Consultores
O presidente Barak Obama iniciou ontem seu segundo mandato com uma proposta de agenda mais progressista para os próximos quatro anos. Não por acaso fez o juramento com a mão direita sobre duas bíblias: a de Martin Luther King e Abraham Lincoln. No discurso de posse defendeu igualdade e os direitos das mulheres, imigrantes e gays, comparando a luta dos homossexuais às lutas raciais dos anos 50 e 60. Obama ainda prometeu acabar com “uma década de guerras” e acentuou a necessidade de dar vazão à recuperação econômica nos próximos quatro anos.
De fato é na economia e na diplomacia que Obama enfrentará seus maiores desafios no seu próximo período à frente da presidência americana. Na diplomacia, os EUA terão que resolver o impasse com o Irã, retomar as negociações interrompidas desde 2009 com a Palestina, concluir a retirada do Afeganistão. Na economia, além de encaminhar as disputas comerciais com a China e lidar com a crise na União Europeia, sua maior parceira comercial, Obama precisa aprovar no Congresso a elevação do teto da dívida. Não é pouca coisa. Em um país que hoje envia 48 milhões de cheques mensais de auxílio alimentação (food stamp), minorias e maioria precisarão mais do que palavras para ter de volta uma nação rica e democrática como outrora.
Ed.110